quarta-feira, 30 de setembro de 2009

VALE DO RIO DOCE DESCOBRE RESERVA DE MINÉRIO DE FERRO EM GUANHÃES


A mineradora Vale do Rio Doce anunciou mais uma descoberta de minério de ferro no município de Guanhães, no Vale do Rio Doce, com reservas estimadas em 400 milhões de toneladas em uma única mina. Só para comparar, a mina de Brucutu, da Vale, em São Gonçalo do Rio Abaixo, na Região Central de Minas, tem reservas de 730 milhões de toneladas de minério de ferro. O projeto de Guanhães está focado em 17 de um total de 157 áreas distribuídas em 30,5 mil hectares.
Além de explorar minério no município, a ideia é construir um mineroduto ligando a cidade a um porto que será instalado no Espírito Santo. De acordo com o geólogo João Carlos Cavalcanti, sócio da GME4 não há estimativas do investimento necessário para a empreitada, mas acredita que serão criados de 20 mil e 40 mil empregos na região. Segundo ele, as vagas de trabalho serão geradas na construção de um mineroduto, de um ramal ferroviário e nas usinas de concentração e de pelotização de minério. O projeto de Guanhães é o segundo maior da GME4 no país, atrás apenas do de Piauí.
O novo distrito minerário tem vocação para a produção de pelotas de minério como granulados, pellet-fid e sinter-fid. A fase agora é de prospecção. Os resultados finais são esperados para o fim do primeiro semestre do ano que vem.
Em julho de 2008, foi descoberta, no município de Rio Pardo de Minas, de 28,2 mil habitantes, no Norte de Minas, uma jazida de minério de ferro com reserva estimada em 10 bilhões de toneladas.

ESTUDANTES INADIMPLÊNTES PODEM PERDER VAGA


Dois em cada 10 estudantes de faculdades particulares do país não pagam as mensalidades em dia. Para pôr fim aos índices de inadimplência, apontados pela Associação Brasileira das Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados aprovou, na última semana, um projeto de lei que permite o desligamento automático do aluno que estiver em atraso por mais de 90 dias.
Atualmente, a lei que trata do assunto (9.870/99) prevê o desligamento do estudante inadimplente no fim do ano, com exceção dos estabelecimentos de ensino que adotam o regime semestral. Com a nova proposta, o cancelamento da matrícula poderá ser feito sempre no fim de um período letivo de seis meses em escolas de educação básica e universidades, independentemente do regime didático da instituição.
Segundo o autor do Projeto de Lei 1.042/07, deputado Átila Lira (PSB-PI), a mudança vai oferecer “uma garantia ou liberdade adicional” para as instituições de ensino tomarem providências concretas contra os inadimplentes.
Para o presidente da Abmes, Gabriel Mário Rodrigues, que representa as faculdades particulares de todo o Brasil, o projeto de lei deve ajudar a reduzir injustiças dentro dos estabelecimentos. O presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep), Ulysses Panisset, também defende a nova proposta. “Todas as escolas negociam débitos com as famílias de alunos inadimplentes, mas há os que abusam dos direitos garantidos por lei.